Levy Fidelix é o arquétipo do bizarro em um país onde a democracia tem muito a evoluir. Sua única proposta para o país, há décadas, é um pitoresco aerotrem que ele sequer consegue explicar direito.
Apesar disso, Fidelix, com seu bigode agora tingido, conta com espaço e tempo nobres para vomitar idiotices, e recebe dinheiro do fundo partidário para continuar existindo enquanto candidato. Ontem, ele chegou ao seu ápice, num rompante absurdo contra homossexuais: comparou gays a pedófilos, disse que a homossexualidade reduziria a população do Brasil à metade e que "aparelho excretor não reproduz".
À lunática ótica utilitarista do aerocandidato sobre o corpo humano, caberiam algumas colocações. Se o aparelho excretor dos gays só deveria ser usado para excretar, isso deveria valer também para os pais e futuros pais de família que adoram tal órgão das namoradas ou futuras esposas, ainda mais em um país machista em que abundam as bundas femininas nas mais diversas campanhas publicitárias, certo? E sexo só deveria ser feito para reproduzir, afinal, se não vale o desejo como algo "utilitário", nada de transar por prazer, independente de qual órgão esteja em uso! Ah, e nada de sexo oral ou mesmo beijo, afinal a boca deve servir para nos alimentarmos ou, no máximo, para respirarmos em dias de nariz entupido.
Não vale a pena elucubrar mais sobre algo tão tosco, porém cabe uma última pergunta: qual a utilidade de Fidelix em disputas presidenciais? A que ele serve em nossa democracia? O que ele agrega, eleição após eleição, ao debate político?
O aparelho excretor, seja utilizado como for pelo seu dono (afinal, cada um que cuide do seu, como quiser), certamente é muito mais útil que Fidelix.
O aparelho excretor, seja utilizado como for pelo seu dono (afinal, cada um que cuide do seu, como quiser), certamente é muito mais útil que Fidelix.
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