quinta-feira, 26 de setembro de 2013

A médica louca e o pai repórter


É de causar nojo a atitude de uma médica completamente descontrolada em um hospital público de São Paulo, enfurecida com enfermeiros, negando-se a atender uma criança, agredindo e ameaçando um pai que a filmava em seu surto psicótico-arrogante-antiprofissional-desumano-criminoso.

Mas a história, apesar de triste, escancara uma nova era. Não em relação à medicina, mas no tocante ao poder que cada um passou a ter com as novas conexões digitais. Um celular na mão e uma conta no Youtube (ou em qualquer outra mídia social) bastam para que a cidadania seja exercida em um novo patamar.

Em um momento do vídeo, o pai-"cinegrafista" chega a dizer "Vou chamar a reportagem para denunciar". Não precisa! Ele já era a reportagem ali, e os veículos por onde seu vídeo iria navegar também são outros, não dependem de editores ou diretores comerciais (que antes de liberar a publicação analisariam se o hospital é anunciante e se o governo que o mantém é "parceiro").

As novas conexões digitais vêm derrubando os muros entre o que é fato e o que é notícia. E o vídeo corajoso feito pelo pai de uma criança que precisava de atendimento médico, diante de uma "doutora" louca e agressiva, merecia um prêmio Esso.

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