sábado, 12 de outubro de 2013

Discursos 0 x 1 Fatos



Ainda há muita água pra rolar no rio da guerra eleitoral, mas a primeira pesquisa feita após a ida de Marina Silva ao PSB de Eduardo Campos sinaliza que o eleitor é muito mais inteligente do que pensam muitos políticos. A pesquisa, do Datafolha, aponta que Campos não somou as suas intenções de voto com as de Marina, registradas em pesquisas anteriores. Ou seja, os dois juntos subtraíram votos.

Se ambos respeitassem mais a opinião pública, poderiam ter imaginado que isso aconteceria. 

Desde que saiu do PV, Marina vinha criticando todos os partidos (inclusive criticou o próprio Campos), só apontando caminho numa nova legenda, a Rede, que ela não conseguiu consolidar. Ao não conseguir, entretanto, rasgou seu discurso e pulou para o galho dos "mesmos". Seu eleitor viu isso, oras!

A mesma interpretação vale para Campos: ele estava com o governo Dilma, inclusive com cargos em ministério, depois que achou que poderia ser presidente passou a se alinhar a forças conservadoras como Ronaldo Caiado, e depois que Marina lhe caiu no colo deu um chega-pra-lá em Caiado para adequar-se novamente à situação. E o projeto de país, qual é? Apenas a rampa do Planalto? Seu eleitor também viu isso!

O fato é que não há oposição com projeto para o país. Aécio, a aposta de parte dos tucanos (que brigam internamente como pavões egocêntricos), só sabe criticar todas as palavras de Dilma (e fala mal do Brasil até no exterior, posando de terrorista econômico), mas até agora não mostrou uma ideia alternativa sequer. Campos se sacode para fazer alianças e viabilizar sua candidatura, mas mistura no mesmo saco um latifundiário e uma ecologista ex-companheira de Chico Mendes. Já Marina acha que pode deletar suas próprias palavras para o poder a qualquer custo, nem que seja como vice.

Enquanto isso, há a última década, que traz fatos concretos, como 40 milhões de pessoas ascendendo socialmente, 20 milhões de empregos formais gerados, 100% de crescimento no ingresso de jovens à faculdade, fim da dívida externa, economia crescente enquanto o mundo desenvolvido patina... 

Não estou dizendo que está lindo, maravilhoso, mas isso é muito mais que o vazio da oposição. E o eleitor não é idiota, nem tão vulnerável à velha mídia em tempo de conexões digitais.

Eis a questão!

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