quarta-feira, 10 de julho de 2013

O veto e os mimimis

A gritaria sobre o veto de Dilma ao Ato Médico me parece mais um rompante da soberba dos jalecos brancos. 

A categoria queria que somente os médicos (e mais nenhum outro profissional) pudessem diagnosticar qualquer tipo de enfermidade. Ou seja, psicólogos e psicoterapeutas, por exemplo, precisariam do aval de um médico para diagnosticar transtornos mentais, um tipo de burocracia centralizadora de classe que nada ajudaria os pacientes. Isso sem falar em outros profissionais da saúde, como fisioterapeutas.

Com o veto, caiu essa possibilidade exclusivista, o que fez o presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto Luiz d'Avila, chegar a falar em "agressão aos médicos" e "incompetência" do ministro da Saúde, a quem d'Avila acusa de agir com interesses eleitorais...

Pergunto aos meus botões: quem está agredindo quem nessa história e quais são, de fato, os interesses? Em nenhum momento o Conselho Federal de Medicina toca num ponto que me parece essencial: o paciente, o ser humano que precisa ser atendido e entendido como gente.

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