A revelação de que a espionagem do governo norte-americano atingiu a Petrobras é grave, muito grave. E aponta para uma prática que os Estados Unidos cultiva desde que o samba é samba: invadir países que lhes sejam interessantes do ponto de vista do petróleo. É assim com todo o Oriente Médio, um barril de pólvora cujo pavio é sempre aceso pela Casa Branca.
Antes do pré-sal, o Brasil era uma coisa; depois do pré-sal, é outra completamente diferente. Para se ter uma ideia, o petróleo era 7% do nosso PIB em 1997 e está partindo para 20% até 2020. Se antes discutíamos se haveria a autossuficiência, hoje discutimos para quem vamos exportar o ouro negro que move o mundo, onde vamos usar o dinheiro que virá dele e, claro, mundo também nos olha, principalmente os EUA.
Felizmente, temos um governo mais alinhado à esquerda que, ao contrário dos direitistas tucanos, não pretende entregar a Petrobras aos filhos de Tio Sam.
Lembremos (é importante refrescar a memória diante dos fatos) que o governo FHC estava mudando o nome da estatal para Petrobrax, mais simpático à língua inglesa, e que sua grande missão era privatizar a estatal (muito provavelmente entregando-a a gigantes estrangeiras); lembremos também que denúncia recente do Wikileaks revelou que José Serra manteve contatos prometendo facilitar a exploração do pré-sal ao governo estadunidense caso fosse eleito (nenhuma novidade para políticos que sempre se alinharam ao entreguismo); lembremos, por fim, que o governo Dilma criou uma lei obrigando royalties do petróleo serem direcionados à educação (dos brasileiros!).
É hora, portanto, de fazer valer o velho jargão: o petróleo é nosso, Mr. Obama!
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