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"A Capricho não acabou?", perguntou a hostess de uma balada de São Paulo a uma blogueira ligada à revista Capricho, publicação da Editora Abril, que tentava passar na frente da fila e entrar sem pagar. O questionamento e a recusa do privilégio fez a garota transformar suas mídias sociais numa caprichada metralhadora de indignação e o caso virou meme pelas redes, esta semana.
Furiosa, a garota escreveu em seu perfil no Facebook: "Comentei que tinha um blog e que fazia trabalhos em parceria com a Capricho e perguntei se poderia dar uma olhada na festa antes de todo mundo pagar pra entrar -afinal, não é todo dia que a gente pode pagar 80 reais para entrar em uma balada (...) A maneira como ela [a hostess] falou foi tão sarcástica e nojenta que senti vontade de vomitar na cara dela (...) Saí de lá com o coração apertado e muita tristeza de perceber o quão hostis as pessoas são quando têm algum tipo de poderzinho nas mãos".
Tanto a tentativa da "carteirada" da moça quanto sua reação à negativa da casa noturna escancaram uma postura ridícula e muito comum por aqui: o "vipismo". De casas noturnas a megashows, o Brasil é um dos países que mais ostentam espaços "exclusivos" e "diferenciados", como "camarotes" e coisas do tipo, criados para gerar um sentimento de vantagem de algumas pessoas sobre as outras. Às vezes, não há praticamente nada de especial nesses lugares, apenas alguma inscrição que remeta à condição de "vip" e, claro, a possibilidade de passar na frente dos outros já ao chegar, na fila (gerando um prazer que talvez Freud explique).
O "poderzinho nas mãos" criticado pela blogueira é o que ela própria tentou impor e talvez a Capricho acabe bem antes desse comportamento deplorável.
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