Julius Hibbert é o médico Springfield. O artigo definido “o” é proposital, já que não há outro. Ele atende a todos e se incumbe dos diagnósticos e tratamentos no seriado “Os Simpsons”. Das vacinas na bebê Maggie até liberação de maconha medicinal para o perturbado Homer, está lá o doutor Hibbert e sua aura de pajé.
Lembrei-me do Hibbert diante das acaloradas reações classistas da área médica quando se tocam em temas relacionados a essa profissão tão digna, mas ainda cercada de mistificações. Semanas atrás postei minha opinião favorável à vinda de médicos estrangeiros ao Brasil e fui chamado por vários médicos de desinformado. Hoje, comentei, também favoravelmente, sobre o veto presidencial à exclusividade médica para diagnósticos e um médico me chamou de “bichana” (ele só não disse se vai tentar me curar, baseado no projeto defendido por Feliciano).
Voltando ao Hibbert, sua onipresença na vida de Springfield parece-me algo que não é apenas do mundo dos desenhos animados, mas um desejo do Conselho Federal de Medicina, cujo presidente, tão nervoso quanto o médico que me xingou, acusou o ministro da Saúde de incompetente e mal intencionado. A entidade classista é contra os médicos de fora para os cargos não ocupados pelos médicos daqui, é contra os psicólogos e psicoterapeutas poderem diagnosticar transtornos mentais, é contra os fisioterapeutas poderem diagnosticar problemas de postura corporal, é contra os fonoaudiólogos poderem diagnosticar enfermidades auditivas etc etc etc. Soma-se tudo isso e chegamos à prática de uma medicina “a La” Hibbert!
A Revolução Francesa conseguiu quebrar a onipresença do dogma sobre todas as ações humanas e o Iluminismo, que a inspirou, reabriu as portas ao conhecimento científico, hoje impulsionado pela era tecnológica e digital. Fico a pensar no que seriam os conceitos de saúde e doença diante das novas descobertas da ciência e se caberia a um único tipo de profissional a onipresença nos diagnósticos relacionados ao corpo e à mente de nossa complexa espécie.
Respeito os médicos. Mas para mim eles são médicos, nem menos, nem mais.
Lembrei-me do Hibbert diante das acaloradas reações classistas da área médica quando se tocam em temas relacionados a essa profissão tão digna, mas ainda cercada de mistificações. Semanas atrás postei minha opinião favorável à vinda de médicos estrangeiros ao Brasil e fui chamado por vários médicos de desinformado. Hoje, comentei, também favoravelmente, sobre o veto presidencial à exclusividade médica para diagnósticos e um médico me chamou de “bichana” (ele só não disse se vai tentar me curar, baseado no projeto defendido por Feliciano).
Voltando ao Hibbert, sua onipresença na vida de Springfield parece-me algo que não é apenas do mundo dos desenhos animados, mas um desejo do Conselho Federal de Medicina, cujo presidente, tão nervoso quanto o médico que me xingou, acusou o ministro da Saúde de incompetente e mal intencionado. A entidade classista é contra os médicos de fora para os cargos não ocupados pelos médicos daqui, é contra os psicólogos e psicoterapeutas poderem diagnosticar transtornos mentais, é contra os fisioterapeutas poderem diagnosticar problemas de postura corporal, é contra os fonoaudiólogos poderem diagnosticar enfermidades auditivas etc etc etc. Soma-se tudo isso e chegamos à prática de uma medicina “a La” Hibbert!
A Revolução Francesa conseguiu quebrar a onipresença do dogma sobre todas as ações humanas e o Iluminismo, que a inspirou, reabriu as portas ao conhecimento científico, hoje impulsionado pela era tecnológica e digital. Fico a pensar no que seriam os conceitos de saúde e doença diante das novas descobertas da ciência e se caberia a um único tipo de profissional a onipresença nos diagnósticos relacionados ao corpo e à mente de nossa complexa espécie.
Respeito os médicos. Mas para mim eles são médicos, nem menos, nem mais.
Muito bom adorei o blog
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