"Olhamos o Brasil como exemplo de país que tinha passivos históricos de desigualdade econômica, regional e racial. O relatório mostra que, com uma ação clara e forte compromisso da política pública, é possível atacar desigualdades históricas em pouco tempo".
As palavras não vêm do governo, mas da ONU, e são sobre a evolução da qualidade de vida no Brasil nas últimas duas décadas, período em que o país quase dobrou seu IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal). O mapa reproduzido acima permite uma noção bem clara disso: à esquerda, o Brasil de 1991, quando o vermelho significa IDH muito baixo; já à direita, a situação de 2010, em que o verde significa "muito alto".
Em 1991, 85,8% dos municípios brasileiros tinham índice muito baixo. Em 2000, eram 70% ainda nessa situação. Entre 2000 e 2010, o percentual de muito baixo despencou para 0,57%. Ou seja, mudou. E, em que pese a contribuição das ações da década de 90, mudou muito mais no período que entraram em cena ações de transferência de renda, nos anos 2000.
Para um país que sustentou por séculos o maior abismo de desigualdade do planeta, ainda falta muito, mas desprezar essa evolução é negar a própria história e ser desleal com a verdade. Por falar em desleal, a velha mídia navegou completamente contra os fatos e, a despeito das melhorias nos índices sociais, vem pintando um país cada vez pior, como se vê abaixo, em um dos muitos exemplos.
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