segunda-feira, 22 de julho de 2013

Sob a máscara do Batman

imagem sxc
No espetacular julgamento do “mensalão do PT”, vendido pela velha mídia como um novo capítulo da história do Brasil, Joaquim Barbosa emergiu como uma figura heroica. A revista Veja, baluarte do pensamento reacionário de direita, cravou em sua capa que ele era “o menino pobre que mudou o Brasil” e, em coro, os barões da imprensa o aplaudiram, massageando seu ego e dando peso extraordinário ao seu martelo da lei.

Noutro capítulo que ficará para a história do país, os manifestos de junho, novamente Joaquim Barbosa surgiu como o salvador da pátria que poderia limpar o Brasil da politicagem corrupta. A Folha, outro estandarte da deformação opinativa, canalizou seu instituto de pesquisas para mostrar que, entre os manifestantes, Barbosa era o preferido para presidir o país.

Mas o juiz aclamado até como Batman pelas mídias sociais parece ter telhado de vidro em sua “batcaverna”. A reforma de seu banheiro no supremo tribunal, para a qual pagamos 90 mil reais, foi o primeiro indício. Depois, soube-se da viagem de jatinho da FAB para ver o jogo do Brasil no Rio. Em seguida, que ele embolsou mais de 500 mil reais das tetas públicas relativos a questionados “auxílios atrasados”. Ainda teve o episódio do filho do juiz trabalhando com Luciano Huck, cujo pai é um advogado (para o qual Barbosa chegou a gravar um vídeo cumprimentando por seu aniversário) que já teve processo analisado por Barbosa. Agora, é a compra de um apartamento de um milhão de reais em Miami e a participação em empresa no exterior feita em desacordo com a lei 8.112/90, o estatuto do servidor público.

Seria um “menino pobre que mudou o Brasil” alguém que gasta 90 mil reais dos impostos dos brasileiros (inclusive dos mais pobres) para fazer xixi luxuosamente? Alguém que burla a regra de servir ao país, mesmo ganhando um dos mais altos salários da República, para manter empresa no exterior, comprando apartamento de um milhão?

O Brasil de Barbosa nada difere do que se faz por aqui desde as Capitanias Hereditárias. Sua capa de Batman é pura ficção, patrocinada por uma mídia de desagradáveis entretenimentos.

2 comentários:

  1. pois é, Marcos, e o pessoal todo achava ele o máximo, por culpa de impressa tendenciosa. Se você não conhece, compra.

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  2. eu só sei que me decepciono e tenho vergonha de ser brasileira. Nem canto o Hino Nacional há anos, por acha-lo lindo,mas nada verdadeiro na boca de que o canta.

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