Elizabeth Alexandra Mary, a rainha Elizabeth II, acaba de dar a aprovação final ao casamento gay no Reino Unido. É apenas uma formalidade, já que a propositura fora aprovada anteriormente no Parlamento, mas não deixa de ter um enorme valor simbólico.
Um país com a mais antiga configuração de Estado ainda em vigor no planeta (a monarquia), representado por uma família de "sangue azul" sob o comando de uma senhora aos 87 anos, acaba de permitir que dois homens ou duas mulheres constituam, oficialmente, uma família.
Aqui no Brasil, numa República presidencialista e com eleições diretas para dois poderes, nem parlamentares nem presidentes nunca levaram o tema a sério, temendo mexer com o conservadorismo dos rincões religiosos. A exceção é um projeto de lei que prevê a união civil de pessoas do mesmo sexo, formulado pela então deputada Marta Suplicy, que repousa junto às traças nas gavetas de Brasília desde 1995, pois nunca (nunca!) foi votado pelo Congresso. Precisou o STF fazer a vez do nosso covarde Parlamento, liberando o casamento gay por jurisprudência.
Em se tratando do respeito à diversidade, até a octogenária majestade do Reino Unido sambou na cara da nossa política. Deus salve a rainha!
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