Rafinha Bastos havia sido demitido da Band após abusar da ofensa para tentar gerar humor. Ele dissera que "comeria" tanto Wanessa Camargo quanto o filho que ela carregava no ventre. O episódio está longe de ser isolado entre as pérolas do dito humorista, que se faz de metralhadora de humor negro para ganhar seu lugar ao sol na era do espetáculo. E ganha.
Ele está retornando à Band. E já debocha, com o usual mau gosto, sobre sua relação com a TV revelando o "maior" interesse: pelo "dinheiro dela". Esse é o propósito, aliás, de quase toda a programação da telinha: gerar ibope a qualquer custo para conseguir anunciantes e, com eles, muita grana. O conteúdo? Ora, tudo se adapta às "demandas do mercado", como se o espectador fosse um latão sempre disposto a receber mais e mais lixo.
Faz tempo que a era do pânico tomou conta dessa mídia, não só no programa homônimo, cheio de violência entre os próprios colegas que o fazem, mas também no sensacionalismo dos noticiários datenísticos, nas apelações ofensivas do jornalismo humorista (inaugurado pelo CQC) e nos velhos dramalhões baratos da ficção (a noiva morrendo na igreja na tela global é digna de fazer inveja a qualquer pieguice mexicana de quinta categoria).
Lembrando a bela tradução que os Titãs fizeram lá nos anos 80, a televisão parece não saber fazer outra coisa além de querer nos deixar burros, muito burros demais...
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