Quadro de Marcel Verdie |
Colunistas da velha mídia cantam em coro que os médicos cubanos que chegam ao Brasil são escravos. Justificam tal visão no fato de que será o governo de Cuba que repassará seus salários, ficando com parte do pagamento feito pelo Brasil. Argumento tosco resultante de intolerância ideológica.
Cuba é um país socialista, em que o Estado comanda todos os serviços de saúde, mas façamos uma analogia com o mundo privado. Se uma instituição brasileira, seja governamental ou empresarial, contrata uma empresa estrangeira para determinado serviço, vai pagar a quem? À empresa ou a cada um dos seus funcionários? E essa empresa, vai repassar aos seus funcionários todo o valor do contrato ou parte do ganho?
O mesmo vale quando contratamos um convênio médico, por exemplo. Pagamos a mensalidade para cada médico ou à empresa mantenedora do convênio? E a empresa repassa toda nossa mensalidade aos profissionais ligados a ela ou apenas parte do valor, conforme o trabalho que cada um desempenha?
Agora, olhe para seu celular, seu computador, seu tablet ou notebook. Tente encontrar uma peça nele em que não esteja gravada a frase "Made in China". Pois a China é um país comunista, com governo totalitário, sem democracia. Lá, as leis trabalhistas são quase inexistentes, há trabalho escravo e infantil. Mas quase todas as peças eletrônicas da sua casa e do seu trabalho são chinesas, e ninguém aqui nem nos EUA reclama.
Os colunistas da velha mídia escrevem em teclados chineses, veem em monitores chineses, falam em telefones móveis chineses e usam o Sírio Libanês quando precisam de médicos, na "democrática" saúde brasileira. Também adoram nos chicotear com as palavras da Casa Grande, da qual são apenas pombos-correio.
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